quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O PEITO DO PÉ DO PEDRO É PRETO

Cega por seu sorriso, morro de saudade depois de um dia como esse. Sei que incertezas acontecem, mas é a incerteza mais certa até agora. Procuro esconder a saudade me segurando para não te ligar de madrugada, pra te contar que a pessoa que me tira o sono é a mesma que me faz dormir bem, me faz fechar os olhos sorrindo. Então deixe-me dormir em seus braços, o medo do escuro some.
E geralmente, a essa altura da escrita, o ódio da necessidade incontrolável de dizer toda hora que é importante, vai consumindo minhas palavras, com uma sede que foge dos padrões considerados normais. Talvez seja esse o fator que segura o aviso de que escrevo coisas novas. Mas acredite, esse ódio não inibe a vontade, nem a saudade, até porque me nego cuspir palavras aleatórias, assim sem vontade;
Tudo soa clichê quando se trata de você, e talvez soe até meio babaca confessar que passar vinte e quatro horas pensando em uma coisa só, mais precisamente em alguém. Ou que no frio me lembro da tal "coisa". Mas não posso fazer muita coisa por isso, se soa clichê, meu coração anda bombeando desobediência à minha consciência. E isso é bom. Graças a isso, agora sinto saudade, e vontade de estar longe de qualquer coisa, menos de você.
Ursinho de dormir, esse seu cheiro me acomoda entre os travesseiros e o cobertor entre as pernas. Envelope, seu cheiro me faz lembrar de seu pescoço, acho que isso que faz ficar lendo essa carta a cada hora que passa, ficar lendo a tal história da mansão de pé direito alto. Vontade de ficar lendo seus olhos, do nada. Porém sabe ainda que não gosto muito que leiam os meus, e não sei se são esses seus óculos potentes, mas você os lê como ninguém. E quando chega perto, fecho os olhos, cores dançam ao fundo preto e constantemente sinto vontade de colorir papéis com essas cores encantadores, essas cores provocadas por sensações. Ando declarando tanta coisa, que afigura meu consciente.
Longe de tudo que parece ser louco e incontrolável, bem lá dentro, bate a vontade de nunca deixar que saia de perto de mim. De controlar os fatos, de tentar pelo menos. Aqui onde as palavras são lidas e não ditas e logo após escutadas, as coisas ficam mais fáceis de dizer, o que possibilita a fácil confissão da minha queda por cada parte sua; Surpresa! sei que lê tudo que escrevo, talvez porque fale muito sobre você. Dessa vez tem seu nome, assim como em meu coração de papel.

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